Este artigo, publicado em três partes, é baseado
numa palestra apresentada no verão de 2007.
Em 1923, uma situação revolucionária extremamente
favorável desenvolveu-se na Alemanha. Em 21 de dezembro,
o Partido Comunista Alemão (KPD), em estreita colaboração
com a Internacional Comunista (Comintern ou, ainda, III Internacional),
preparou uma insurreição e cancelou-a no último
minuto. Trotsky, depois, falou de "um clássico exemplo
de como é possível perder uma situação
revolucionária excepcional de importância histórica
e mundial". [1]
A derrota alemã de 1923 teve conseqüências
de longo alcance. Graças a ela, a burguesia alemã
consolidou seu domínio e estabilizou a situação
por seis anos. Quando a próxima grande crise irrompeu,
em 1929, a classe trabalhadora foi totalmente desorientada pela
direção stalinista do KPD. Isso levou diretamente
aos eventos fatais que culminaram na ascensão de Hitler
ao poder. A nível mundial, a derrota do Outubro Alemão
aprofundou o isolamento da União Soviética e constituiu,
portanto, um importante fator psicológico e material que
fortaleceu a ascensão da burocracia stalinista.
A palestra de hoje irá se concentrar nas lições
estratégicas e táticas do Outubro Alemão,
lições que se transformaram rapidamente em um assunto
polêmico de disputa entre a Oposição de Esquerda
e a Troika liderada por Stalin, Zinoviev e Kamenev. Antes de tratarmos
desses assuntos, faz-se necessário relatar os eventos de
1923.
A Alemanha em 1923
Todas as questões básicas que empurraram o imperialismo
à Primeira Guerra Mundial em 1914 acesso a mercados
e matéria-prima para sua indústria dinâmica
e a reorganização da Europa sob sua hegemonia
continuaram sem solução em 1923. Além de
terem perdido a guerra com um tremendo custo de vidas humanas
e recursos materiais, a Alemanha foi obrigada pelo acordo de Versalhes
a pagar quantias imensas em reparação ao seu maior
rival, a França, assim como a outras potências imperialistas.
Os anos imediatamente após a Guerra, de 1918 a 1921,
caracterizaram-se por uma série de levantes revolucionários
que somente foram abafados pelos esforços conjuntos da
Social-Democracia e das forças paramilitares de direita.
Em 11 de janeiro de 1923, as tropas francesas e belgas ocuparam
o Ruhr e reascenderam a crise social e política na Alemanha.
O governo francês justificou a ocupação
militar do centro da indústria alemã de aço
e carvão declarando que a Alemanha não havia cumprido
com suas obrigações de pagar as reparações
de guerra. O governo alemão um regime de extrema
direita liderado pelo industrialista Wilhelm Cuno e tolerado pelo
Partido Social-Democrata reagiu chamando resistência
pacífica. Na prática, isso significou o boicote
das forças de ocupação pelas as autoridades
locais e as companhias do Ruhr. O governo continuou a pagar os
salários da administração local e ofereceu
subsídios aos barões do carvão e do aço
para compensar suas perdas.
O resultado desses enormes gastos e da ausência de carvão
e aço do Ruhr, produtos de extrema necessidade, foi o colapso
completo da moeda alemã. O marco, já altamente inflado,
era negociado a 21.000 por dólar no início do ano.
Ao final do ano, quando a inflação alcançou
seu ápice, a taxa de câmbio chegou a quase 6 trilhões
de marcos por dólar um número com 12 casas
decimais!
O impacto social e político da hiperinflação
foi explosivo. A sociedade alemã foi polarizada de forma
jamais vista. Para os trabalhadores, a inflação
era uma ameaça à vida. Quando recebiam seus salários
ao final da semana, estes mal cobriam o valor do papel sobre o
qual as enormes somas eram impressas. As esposas aguardavam nos
portões das fábricas para correrem ao mercado mais
próximo e comprarem algo antes que o dinheiro perdesse
seu valor no dia seguinte.
Só para dar um exemplo: um ovo custava 300 marcos no
dia 3 de fevereiro. Em 5 de agosto, custava 12.000 marcos e, três
dias depois, 30.000 marcos. Mesmo sendo os salários ajustados
com a inflação, o salário médio calculado
em dólares caía 50% ao longo de 6 meses. Ao mesmo
tempo, o número de desempregados inflava de menos
que 100.000 ao início do ano a 3,5 milhões de desempregados
e 2,3 milhões de trabalhadores em empregos a curto-prazo
ao final do ano.
Mas os trabalhadores não eram os únicos arruinados
pela hiperinflação. Aqueles que viviam em pensões
perderam todos os seus meios de subsistência. Aqueles que
haviam economizado um pouco de dinheiro perdiam tudo da noite
para o dia. Para sobreviver, muitos tinham que vender suas casas,
jóias e tudo mais que houvessem guardado durante toda a
vida, apenas para descobrirem, no dia seguinte, que o rendimento
não valia mais nada.
Arthur Rosenberg, que escreveu a primeira história oficial
da república de Weimar, em 1928, afirmou: "A expropriação
sistemática das classes médias alemãs, não
por um governo socialista, mas por um Estado burguês dedicado
à defesa da propriedade privada, foi um dos maiores roubos
da história mundial". [2]
Do outro lado do abismo social estava um grupo de especuladores,
aproveitadores e industrialistas que fizeram enorme fortuna com
a inflação. Qualquer um que obtivesse acesso a moedas
estrangeiras ou a ouro poderia exportar mercadorias alemãs
ao exterior e colher lucros enormes, devido aos baixos salários.
Essas eram as forças por detrás do governo Cuno.
O mais famoso deles foi Hugo Stinnes, que comprou 1.300 fábricas
e fez bilhões nesse período. Stinnes também
foi, nos bastidores, um grande articulador político.
A polarização social e a falência das classes
médias fez surgir uma aguda polarização política.
O Partido Social-Democrata Alemão (SPD) perdeu rapidamente
tanto membros quanto eleitores e desintegrou-se. Desde a derrubada
do Kaiser pela Revolução de Novembro de 1918, ele
havia se aliado ao alto comando militar e às forças
paramilitares de direita, as Freikorps, para reprimir a
revolução proletária e assassinar seus líderes
mais destacados Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.
O SPD era o único partido na Alemanha que defendia a
república de Weimer incondicionalmente. Todos os outros
partidos burgueses preferiram uma forma mais autoritária
de dominação. Friedrich Ebert, líder do SPD,
foi o primeiro presidente da República de Weimer. Ele ocupou
o gabinete presidencial até sua morte, em 1925, isto é,
durante todo o período do qual tratamos nesta palestra.
O papel contra-revolucionário do SPD afastou muitos
trabalhadores e levou-os ao Partido Comunista Alemão, o
KPD. Mas, no início de 1923, os sindicatos e camadas de
trabalhadores mais conservadoras ainda apoiavam o SPD. Com o impacto
da inflação, isso mudou rapidamente.
O historiador Rosenberg, membro dirigente do KPD em 1923 (mais
tarde Rosenberg juntou-se ao SPD), escreve: "Durante o ano
de 1923, o SPD perdeu forças de forma constante... Os sindicatos,
em especial, que sempre haviam sido o principal pilar de influência
do SPD, estavam em total desintegração... Milhões
de trabalhadores alemães não queriam mais ouvir
ou falar das velhas táticas sindicais e abanaram as associações...
A desintegração dos sindicatos era sinônimo
da paralisia do SPD". [3]
Enquanto o SPD se desintegrava, trabalhadores social-democratas
ouviam atentamente o que os comunistas tinham para dizer. Dentro
do SPD desenvolveu-se uma ala esquerda pronta para colaborar com
o KPD. Como veremos, governos de coalizão da esquerda do
SPD e KPD foram formados na Saxônia e Turíngia por
um breve período de outubro. Enquanto o número de
filiados do SPD diminuía, a influência do KPD crescia.
Seus filiados cresceram de 225 mil para 295 mil dentro de um ano.
Não houve eleições nacionais entre 1920
e 1924, portanto não há estimativas confiáveis
do apoio eleitoral do KPD. Mas, uma eleição ocorrida
no pequeno estado rural de Mecklenburg-Strelitz nos dá
uma idéia. Em 1920, o SPD recebeu 23.000 votos e o SPD-Independente
(USPD, que mais tarde juntou-se ao KPD), 2.000. O KPD não
participou. Em 1923, ambos, o SPD e o KPD, receberam aproximadamente
11.000 votos. No Saar, uma região mineira antes dominada
pelo catolicismo, o KPD aumentou sua votação entre
1922 e 1924 de 14.000 a 39.000.
Dentro dos sindicatos, a influência comunista crescia
proporcionalmente à custa do SPD. Quando os delegados do
congresso da União dos Trabalhadores Metalúrgicos
da Alemanha foram eleitos em Berlim, o KPD teve muito mais votos
do que o SPD. Receberam 54.000 votos, enquanto que o SPD obteve
22.000 menos que a metade do KPD. De acordo com um líder
do KPD, em junho o partido tinha 500 seções nos
principais sindicatos. Aproximadamente, 720.000 metalúrgicos
apoiavam os comunistas. O historiador da Alemanha ocidental, Hermann
Weber, comenta em seu livro sobre a história do KPD: "O
ano de 1923 mostrou uma crescente influência do KPD, que
tinha provavelmente a maioria dos trabalhadores socialistas por
detrás". [4]
O KPD antes de 1923
Em 1923 o KPD era tudo, exceto um partido unificado. Tinha
apenas quatro anos de idade, mas já havia passado por eventos
tumultuosos, diversas mudanças na direção,
rachas e fusões e estava afetado por intensas divisões
internas.
Seu líder teórico e político mais brilhante
foi, sem sombra de dúvida, Rosa Luxemburgo, que fora assassinada
apenas duas semanas antes da fundação do partido
uma perda irreparável. Luxemburgo era uma revolucionária
de enorme coragem e integridade. Seus escritos sobre o revisionismo
e sua luta contra o giro à direita da Social-Democracia
que vislumbrou antes e mais precisamente do que Lênin
são parte do que já foi escrito de melhor
na literatura marxista.
Mas, assim como Trotsky e por mais tempo que ele
Luxemburgo não tirou as mesmas conclusões organizativas
que Lênin tirou, corretamente, do revisionismo. Mesmo depois
de 4 de Agosto de 1914, quando formou o Gruppe Internationale,
mais tarde chamado de Spartakusbund [Liga Espártaco],
Luxemburgo não rompeu formalmente com o SPD. Seu slogan
era: "Não abandone o partido, mude o rumo do partido".
Em 1915, os espartaquistas rejeitaram o chamado de Lênin
por uma nova internacional na Conferência de Zimmerwald
e, mais tarde, em Março de 1919, o delegado do KPD para
o primeiro congresso da Terceira Internacional, Hugo Eberlein,
absteve-se na votação para a fundação
de uma nova internacional. Ele fora instruído pelo KPD
a votar contra, mas foi persuadido em Moscou de que a decisão
era correta então absteve-se.
Quando o SPD-Independente (USPD) foi formado em 1917, por membros
do SPD pertencentes ao Reichstag [Parlamento Alemão] que
foram expulsos do SPD por se recusarem a votar por novos créditos
para a guerra, Luxemburgo e a Liga Espártaco uniram-se
a essa organização centrista com uma facção.
Fizeram isso apesar do fato de que entre os lideres mais proeminentes
do USPD estavam Karl Kautsky e Eduard Bernstein, líder
teórico do revisionismo alemão.
Luxemburgo justifica isso em um artigo declarando que a Liga
Espártaco não se uniu ao USPD para dissolver-se
em uma oposição enfraquecida. "Ela se uniu
ao novo partido confiante no agravamento cada vez maior
da situação social e trabalhando por isso
para impulsionar o partido adiante, para ser sua consciência
encorajadora... e para tomar a liderança do partido",
escreveu ela. [5]
Luxemburgo atacou severamente a Esquerda de Bremen liderada
por Karl Radek e Paul Frölich, posteriormente biógrafo
de Luxemburgo que se recusou a entrar para a USPD e a descreveu
como uma perda de tempo. Ela denunciou sua defesa de um partido
independente como um Kleinküchensystem ["sistema
de pequenas cozinhas", no sentido da fragmentação]
e escreveu: "É uma pena que esse sistema de pequenas
cozinhas esqueceu-se do principal, as condições
objetivas, que, em última análise, são decisivas
e serão decisivas para a ação das massas...
Não é suficiente que um punhado de pessoas tenha
a melhor receita em seus bolsos e saibam como conduzir as massas.
O pensamento das massas deve ser libertado das tradições
dos últimos 50 anos. Isso só é possível
com um grande processo de continua auto-crítica interna
do movimento como um todo". [6]
Foi somente em Dezembro de 1918, um mês depois que três
líderes do USPD uniram-se a um governo provisório,
liderado pelos lideres de direita do SPD Friedrich Ebert e Philipp
Scheidemann, que os espartaquistas romperam com o USPD. O Governo
de Ebert tornou-se o executor da revolução de Novembro.
Ele logo se aliou ao comando militar. O USPD, que já tinha
cumprido seu papel, não era mais necessário.
No final do ano, em meio a violentas lutas revolucionárias,
o KPD foi finalmente fundado pela Liga Espártaco, pela
Esquerda de Bremen e mais outras organizações de
esquerda.
O atraso na fundação de um verdadeiro partido
revolucionário, independente dos Social-Democratas e dos
centristas se deu por conta, até certo ponto, das muitas
tendências ultra-esquerdistas que surgiram na Alemanha no
inicio dos anos 1920. A traição do SPD primeiro
em 1914, quando apoiou a guerra e, depois, em 1918, quando afogou
a revolução em sangue levou a uma reação
entre os trabalhadores que, na ausência de uma organização
resoluta de cunho Bolchevique, buscaram diferentes formas ultra-esquerdistas
ou mesmo anarquistas. Esse problema iria atormentar o KPD por
um longo tempo.
No congresso de fundação do KPD, Luxemburgo estava
com uma minoria em relação a participar das eleições
para a assembléia nacional. A maioria era contra. Também
havia muitas outras tendências ultra-esquerdistas fora do
partido.
Em Abril de 1920, depois de uma revolta armada de trabalhadores
em Ruhr, a esquerda rachou e formou o KAPD [Partido Comunista
Operário da Alemanha], promovendo idéias ultra-esquerdistas,
anti-parlamentaristas e anarquistas. O KAPD levou consigo uma
considerável parcela dos membros do KPD de acordo
com algumas fontes, a maioria. Mas se desintegrou rapidamente,
já que não tinha um programa coerente. A Internacional
Comunista, com algum sucesso, tentou reaver as seções
ainda sãs do KAPD e até mesmo os convidou para um
de seus congressos.
Entretanto, em 1919 foi principalmente o USPD que se beneficiou
com o giro a esquerda da classe operária. Na eleição
de 1920 ao Reichstag, o SPD recebeu 6 milhões de votos,
o USPD 5 milhões e o KPD 600,000.
O USPD foi um clássico partido centrista. A direção
caminhava para a direita, cruzando com trabalhadores que caminhavam
para a esquerda. Muitos trabalhadores que apoiavam o USPD admiravam
a União Soviética. Os lideres de direita do USPD
encontravam-se cada vez mais isolados. Com suas 21 condições
para associação, o Segundo Congresso da Internacional
Comunista aprofundou os rachas dentro do USPD.
Em Dezembro de 1920, a maioria finalmente se uniu ao KPD
ou VKPD [Partido Comunista Unificado da Alemanha], como ficou
conhecido por algum tempo. A minoria, mais tarde, voltou a se
unir ao SPD. A fusão com o USPD aumentou cinco vezes a
quantidade de membros do KPD e o transformou num partido de massas.
Mas, os novos membros trouxeram consigo muitos vícios do
passado e tradições centristas do USPD.
Em Março de 1921, uma revolta fracassada na Alemanha
Central a chamada Märzaktion [Ação
de Março] provocou uma nova crise nas fileiras do
KPD. Depois que o governo nacional enviou unidades policiais até
as fábricas para desarmar os operários, o KPD e
o KAPD chamaram greve geral e a derrubada do governo nacional.
Esse levante foi claramente prematuro e acabou numa derrota sangrenta.
Aproximadamente 2.000 trabalhadores foram mortos na luta e
na violenta repressão que se seguiu. Por conseguinte, Paul
Levi, amigo próximo de Rosa Luxemburgo e um dos principais
líderes do partido, que corretamente se opôs ao levante
desde o começo, impiedosamente atacou o partido em publico.
Ele foi expulso e, depois, voltou ao SPD.
Os eventos do Março Alemão foram o foco do debate
no Terceiro Congresso da Internacional Comunista, realizado de
22 de Junho a 21 de Julho de 1921, em Moscou. Trotsky mais tarde
descreveu o Congresso como um "marco" e resumiu sua
significância da seguinte forma: "Ele apontou o fato
de que os recursos dos partidos comunistas, tanto politicamente
quanto organizativamente, não foram suficientes para a
conquista do poder. Ele promoveu o slogan Às massas,'
isto é, a conquista do poder através de uma conquista
anterior das massas, realizada com base na vida cotidiana
e nas lutas. As massas continuam vivendo sua vida cotidiana em
uma época revolucionaria, mesmo que de uma maneira diferente..."
[7]
O Terceiro Congresso desenvolveu exigências transitórias,
a tática da Frente Única e a palavra de ordem de
Governo Operário, para ganhar a confiança dos trabalhadores
que ainda apoiavam os Social-Democratas. Insistia-se na necessidade
de trabalhar nos sindicatos.
Isso foi de encontro com a resistência furiosa das tendências
de esquerda e ultra-esquerda dentro do KPD, que promoviam a chamada
"teoria ofensiva" e rejeitavam qualquer forma de compromisso,
assim como o trabalho no parlamento e nos sindicatos. Eles eram
apoiados por Nikolai Bukharin, que seria mais tarde o líder
da Oposição de Direita, que defendia uma "ofensiva
revolucionaria ininterrupta". Foi em resposta a essas tendências
que Lênin escreveu seu folheto "Esquerdismo: Doença
Infantil do Comunismo".
Ao estudarmos esses conflitos, é notável que
Lênin, assim como Trotsky, tenha tentado uma aproximação
extremamente paciente das diferentes facções no
KPD. Eles tentaram educar, explicar, integrar e prevenir rachas
prematuros. Contiveram os esquentados da esquerda e da direita,
que queriam expulsar seus oponentes. Tentaram manter Levi no partido
até que seu comportamento provocativo tornou a tarefa impossível.
Durante o Terceiro Congresso, eles passaram horas discutindo
em pequenos grupos com diferentes facções da KPD.
Ao mesmo tempo em que eram intransigentes em relação
à esquerda infantil, também perceberam certo conservadorismo
na liderança do partido, a qual essas esquerdas atacavam.
Em outras palavras, Lênin e Trotsky tentaram desenvolver
uma direção balanceada e experiente, treinada para
lidar com contradições e reagir rapidamente assim
que uma situação se alterasse, o que entra em choque
com as praticas que a Comintern desenvolveu sob a direção
de Stalin.
Continua
[traduzido por movimentonn.org]
Notes: 1. Leon Trotsky, The Lessons of October,
in The Challenge of the Left Opposition (1923-25), p. 201.[return]
2. Arthur Rosenberg, (Entstehung und Geschichte der Weimarer
Republik, Frankfurt am Main: Athenäum 1988), p. 395.[return]
3. Ibid., p. 402.[return]
4. Hermann Weber, (Die Wandlung des deutschen Kommunismus,
Band 1, Frankfurt 1969), p. 43.[return]
5. Rosa Luxemburg, (Rückblick auf die Gothaer Konferenz,
in Gesammelte Werke, Band 4, Berlin 1974), p. 273.[return]
6. Ibid., p. 274.[return]
7. Leon Trotsky, (The Third International After Lenin,
New Park: 1974), pp. 66-67.[return]