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EUA: Mais de 250 mil empregos perdidos em setembro
Por André Damon
7 de outubro de 2009
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Publicado originalmente em inglês no WSWS no dia 3
de outubro de 2009.
A taxa de desemprego nos EUA atingiu 9,8% e a economia perdeu
263.000 postos de trabalho em setembro, segundo dados divulgados
sexta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Os números
mais recentes minam as pretensões de uma recuperação
econômica iminente e apontam para a probabilidade de que
a economia dos EUA permanecerá em recessão em um
futuro próximo.
As perdas de trabalho foram muito superiores ao previsto. Economistas
consultados pela Dow Jones Newswires esperavam uma diminuição
média de 175.000 empregos, enquanto os mais pessimistas
não esperavam mais de 250.000. A perda de empregos em agosto
foi revista para 201.000. Com os novos números, o número
de postos de trabalho perdidos aumentou 31% do mês anterior.

A taxa de desemprego, que é calculada utilizando dados
separados, cresceu 0,1% cento em setembro, atingindo 9,8%.
Desde a recessão iniciada há menos de dois anos
atrás, as fileiras dos desempregados aumentaram de 7.6
para 15.1 milhões, enquanto a taxa de desemprego duplicou.
O desemprego a longo prazo também atingiu um recorde.
O número de pessoas desempregadas há 27 semanas
ou mais aumentou em 260% sobre o ano anterior. Em setembro de
2008, havia 2 milhões de pessoas consideradas desempregados
a "longo prazo", mas no mês passado esse número
saltou para 5,4 milhões, representando 35,6% dos desempregados.
A duração média do desemprego atingiu uma
alta de 26 semanas neste mês.
A taxa de atividade da força de trabalho caiu 0,3% sobre
o mês anterior, os trabalhadores tornaram-se mais desencorajados
pelas horríveis perspectivas de emprego. Em 26 de setembro,
o Departamento do Trabalho informou que já há seis
candidatos para cada abertura de trabalho permanente. Tal relação
era de cerca de dois para um no mesmo período do ano anterior.
Cada um dos índices sobre desemprego do Ministério
do Trabalho aumentou em setembro. A medida mais ampla, incluindo
os trabalhadores desencorajados e pessoas forçadas a trabalhar
tempo parcial, atingiu 17% no mês passado. Trata-se de uma
elevação em relação aos 16,8% registrados
em agosto e aos 10,6% de um ano atrás.
Os setores com o maior número de perdas de empregos
no mês foram a indústria manufatureira, a construção,
o varejo e o governo. A manufatura perdeu 51.000 postos de trabalho,
praticamente em linha com os últimos três meses.
O setor perdeu 2,1 milhões de empregos desde a recessão
iniciada em 2007. O setor varejista perdeu 39.000 empregos, enquanto
a construção perdeu 64.000.
O setor de governo perdeu 53.000 postos de trabalho, quase
metade dos que havia no estado e governo locais. Esta perda é
devida em grande parte à crise do Orçamento do Estado,
que tem forçado os estados e municípios a aparar
profundamente suas folhas de pagamento de receitas fiscais.
As revendedoras de carros cortaram 7.100 empregos em setembro,
após ter expirado o programa do governo dinheiro
para ferro-velho. Os revendedores de carro haviam adicionado
emprego ao mercado em agosto, em resposta ao programa do governo,
que ofereceu aos consumidores milhares de dólares em incentivos
para comprar carros novos. As vendas de automóveis caíram
23% após o fim do programa.

Enquanto isso, a média da semana de trabalho caiu 0,1
hora para uma baixa recorde de 33,0 horas, e a das horas extras
diminuiu no mesmo montante. Agências de trabalho temporário,
que normalmente respondem rapidamente a retomada econômica,
cortaram 1.700 empregos.
Os dados para a produção de bens manufaturados
divulgados sexta-feira pelo Departamento do Comércio são
igualmente sombrios. O número baixou 0,8% em agosto, superior
à previsão de Wall Street de 0,6% e significativamente
inferior ao aumento do mês anterior, de 1,4%. Encomendas
de bens duráveis, por sua vez, caíram 2,4% em agosto.
Da mesma forma, o Institute for Supply Management informou
quinta-feira que seu índice de atividade manufatureira
caiu de 52,9 para 52,6 em setembro.
Do lado do consumidor, o Confidence Board, índice
de confiança do consumidor, caiu para 53,1 no mês
passado, ante 54,5 em agosto, segundo dados divulgados terça-feira.
Enquanto isso, o número percentual de execuções
hipotecárias aumentou 17% no segundo trimestre. Houve 106.007
hipotecas no segundo trimestre, em comparação com
90.696 no primeiro.
Os números mais recentes oferecem uma indicação
de quão profundamente os Estados Unidos estão atolados
na maior recessão da história do pós-guerra
do país. Apesar das alegações a respeito
de uma recuperação "iminente", incluindo
a de Obama e a de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve
(Banco Central americano), existe uma aceitação
quase universal de que centenas de milhares de pessoas perderão
seus empregos no próximo período, e que um grande
número de pessoas estão suscetíveis a permanecer
sem emprego para os próximos anos.
De fato, há aceitação quase universal
de que haverá mais sofrimento para os trabalhadores. Paul
Krugman assinalou sexta-feira que, segundo estimativas do próprio
governo Obama, "a taxa de desemprego, inferior a 5% apenas
dois anos atrás, atingirá 9,8% em 2010, 8,6% em
2011, e 7,7% em 2012". De modo similar, Ben Bernanke afirmou
que, mesmo que a economia retorne a uma taxa improvável
de 3% de crescimento no próximo ano, a taxa de desemprego
provavelmente se manterá acima de 9% até ao final
do ano.
Um ano desde o início do resgate dos bancos, a política
da classe dominante deu seus frutos: os salários estão
caindo, o desemprego se arrasta para cima e todos os indicadores
de miséria social chegam aos parâmetros do pós-guerra.
Mas os grandes bancos veem seus lucros retornarem.
Apesar de algumas perdas recentes, o mercado acionário
dos EUA está no meio de uma elevação significativa.
Durante seis meses, o índice industrial Dow Jones aumentou
18,34%, o S & P 500, 21,69%, e o Nasdaq, 26,28%.
[traduzido por movimentonn.org]
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