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EUA: mais uma "reforma" bancária inofensiva
de Obama
Por Tom Eley
28 de janeiro de 2010
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Publicado originalmente em inglês no dia 22 de janeiro
de 2010
Apoiado pelo ex-presidente do Federal Reserve, Paul Volcker,
o presidente Obama anunciou na quinta-feira, dia 21/01, novas
propostas que supostamente limitariam a atividade dos maiores
bancos, impedindo-os de lucrar através da especulação
com ativos de risco.
A breve aparição diante dos membros da imprensa,
repleta de críticas demagógicas aos bancos, foi
um claro esforço do presidente para assumir ares populistas,
dois dias após seus correligionários democratas
sofrerem uma derrota humilhante no Senado por perderem a vaga
deixada pelo tradicional democrata Edward Kennedy, acabando com
a tradição de supremacia democrata entre os representantes
do estado de Massachussetts.
Obama foi vago a respeito das regulações que
estava propondo ao sistema financeiro, que disse que suplementaria
as propostas de modificação do sistema financeiros
já propostas à Casa dos Representantes ao final
de dezembro. Tal proposta inicial, elaborada em estreita colaboração
entre a Casa Branca, o congresso democrata, os altos executivos
de Wall Street e, em seguida diluída após o lobby
realizado pelos bancos, não tem nada a limitar, mantendo
viva a sombra da desregulamentação dominante, responsável
por conduzir à crise todo o sistema bancário.
Obama denunciou, particularmente, o uso do apoio do governo
por parte dos bancos para, em seguida, desenvolverem novamente
práticas especulativas de risco.
Ele defendeu ser necessário reviver alguns aspectos
da separação entre bancos comerciais e bancos de
investimento, pedra fundamental da reforma bancária realizada
pela Lei Glass-Steagall de 1933. Tal lei foi derrubada em 1999
durante a administração Clinton. O responsável
à época, o secretário do tesouro da administração
Clinton, Lawrence Summer, é o conselheiro econômico
de Obama.
O anúncio, rapidamente organizado, foi pouco mais do
que um jogo de cena, pensado para contornar o crescente descontentamento
popular com a submissão do governo a Wall Street. Curiosamente,
a proposta se recusa a tomar qualquer medida que possa reverter
a crise dos empregos. Trata-se apenas de uma farsa, preparada
por Obama e seus conselheiros, com ares populistas, para conter
o descontentamento social.
Curiosamente, a declaração do presidente não
faz nenhuma alusão aos gigantes financeiros que se tornaram
ainda mais gigantes após o resgate do governo, como o JPMorgan
e o Goldman Sachs.
Reconhecendo que o sistema financeiro continua funcionando
sobre as "mesmas bases que praticamente o levaram para o
colapso", Obama declarou que "nunca mais os contribuintes
americanos correrão riscos por conta de bancos grandes
demais para falir".
Ele continuou: "Nós simplesmente não podemos
aceitar um sistema onde os ativos de risco ou entidade privadas
possam transformar em risco e fazer aposta com a contribuição
dos americanos. Não aceitaremos um sistema onde acionistas
fazem dinheiro em tais operações, onde os bancos
vencem, mas os contribuintes pagam a conta com as perdas bancárias".
Tal declaração não possui a menor credibilidade,
vinda de um presidente que dirigiu a vasta injeção
de muitos trilhões de dólares em resgate nas principais
instituições financeiras dos EUA, sem opor-se a
qualquer restrição. Se os bancos "continuam
operando sobre as mesmas bases que praticamente o levaram ao colapso"
depois do crash de 2008, é principalmente por conta da
política financeira do governo Obama.
Curiosamente, mesmo assim, talvez para fazer pressões
sobre o governo, as bolsas de Wall Street, assim como do mundo
todo, reagiram negativamente às declarações
de Obama, fechando o dia no negativo.
[traduzido por movimentonn.org]
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